terça-feira, 1 de julho de 2014

todas as crianças deviam ter um cão

No veterinário, com Katekão. Entra senhora com filho de cerca de 4/5 anos e cadela pequena ao colo, aparentando ser mais velhinha que a criança. Terá uns 8/9 anos e tem, percebo, tosquia marcada para aquela hora. Na sala de espera:

Filho (claramente ansioso, mexendo-se na cadeira): Ela fica cá?
Mãe: Fica um bocadinho, vai cortar o pêlo e depois vimos buscá-la.
Filho: Não vai doer a ela?
Mãe: Não, não vai doer, é como quando cortas o cabelo, também não te dói, pois não?
Filho: E depois vimos buscá-la?
Mãe: Sim, depois é cortar as unhas e vamos todos para casa.
Filho (aflito): As unhas nããããooo!!!!

Ternura. Lá deixaram a bicha e passado 10 minutos, a tosquia ainda a começar, voltaram, sem dúvida por insistência daquela criança que, tão pequenina, já percebeu o que é o amor altruísta que só um animal (para além dos nossos pais, vá, mas desses é esperado) pode oferecer e ensinar. 

Por muito que os animais dêem trabalho - e como dão, sobretudo os cães! - o que entregam e ensinam em troca é tão valioso, que não me canso de defender: todas as crianças deviam ter um cão.

E depois há notícias como esta, que animam qualquer início de Julho, por mais farrusco que esteja o tempo (a sério São Pedro, it is Summer, you know?). Finalmente uma iniciativa muitíssimo valorosa por parte desta gente que nos governa!